sábado, 4 de dezembro de 2010


Meus pés plantados no chão parecem firmes e fortes
Mas  a verdade é que vou trocando as pernas pra me manter de pé
Ora forço uma, ora a outra
Dificilmente uso as duas pra me sustentar
Às vezes tomo um porre
E elas vão se trocando sem que eu perceba
Eu andarilho vou trocando os caminhos
Eu trocadilho vou trotando pelos trilhos
Assim vou... numa eterna ressonância
Minha metamorfose é literalmente ambulante
Ontem eu estava lá, Hoje estou aqui
Amanhã aqui, lá, acolá... sei lá!
Ninguém sabe onde um belo par de pernas pode me levar

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A sua vida é bonita e correta
A minha é confusa e errada
Você se perde comigo
Eu me encontro com você
Eu nunca te escondi as cicatrizes profundas
Que marcam as linhas da minha mão
Ainda assim você não se importa
E aperta minha mão sem sequer olhá-las
Olhando bem fundo, mas nos meus olhos
Até eu esquecer minhas chagas antigas na força do teu olhar
Felizmente não cutucamos velhas feridas
Sem olhar pra trás juntamos nossas loucas vidas
E não sofremos em vão