segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


















Nem eu sei quem sou, nem essencialmente o que faço
Mas onde vou cada um me diz quem sou
Cada um me dá um rastro, um rosto
Opniões mais ou menos uniformes
Mas que no fim das contas, no fundo, no fundo
Não formam um eu pra mim chamar de meu
E assim vou sem pensar muito em ser
Existir já é o bastante e só por isso já se é
E assim é que gosto e assim que as coisas são
Não como gosto que sejam, talvez um dia serão
Fato é que as coisas, e eu, são só sua existência, seu coração
E do meu jeito vou existindo, sempre ouvindo sermão!
Um que diz: "Tolo! Isso não dá certo não!"
Uma excessão que fala: "Isso mesmo! Assim! Não te cala!"
Comum mesmo é ouvir: "Para! Para! Para!"
Às vezes se escuta: "Tá feliz?!"; "Gostei assim!"; "Não enche filho da puta!" "Obrigado!"
Ou então um sussurro: "Eu te amo!"; " Eu te odeio!"; "Meu anjo!"; "Seu diabo!"
E um outo que grita com voz de tia: " Mas que besteira! Quanta utopia!"
E eu vou! Do nada, sem nada e pra nada
De onde tudo se cria!







DESVITUARTE -meu poema manifesto-

DesvituAr-te é acima de tudo Arte

É ter na alma a poesia de saber olhAr-te
Não só a ti, mas a tudo que te rodeaste
É ver nas hastes em riste e nos ‘astes’ desinenciais
Tudo que vire Arte

É ouvir nas cantorias das vezes lindas que cantastes
A gostosa harmonia da sinfonia que formastes
Ás vezes só com a fala ou monossílabos sussurrados
Que nem sempre compreendo, mas sei que é Arte

É sentir a pele macia, a cicatriz dilacerada
Todos os arrepios de texturas inigualáveis
De corpos que tu tocastes
E que tornaram-se arte

É ter o gosto de todas as estações
Primaveras adocicadas, amargura dos invernos
O acre dos outonos, a pimenta dos verões
Provar todas as sensações que irão transformaste em arte

É perceber todos os aromas
O cheiro de sangue, o cheiro de mato
A taça de vinho, as flores do campo, a fumaça do cigarro
É deixar a brisa levAr-te e enebriAr-te de Arte

É sentir com todos os sentidos
E ir sempre mais além
Desreprimindo desejos contidos
Mas sem te machucares, sem maltratares ninguém

É enfrentar o medo que te afugenta
É perceber o mal e o bem
E alertAr-te! Dando cada qual seu quem
E a cada quem sua parte, consciente do que renunciaste

Tu dirás o que é feio e o que é bonito, quais são as verdades e os mitos
De acordo com o que gostastes, leal à tua arte sem nunca te preocupAr-te
Com padrões, patrões, esteriótipos e protótipos
Eles te deformam como lama

Mas tu que viestes do pó
Varrerá toda a sujeira que te empurrarem
Quebrará a argila podre em que te aprisionam
Deformará a sórdida realidade, tola ilusão, mera virtualidade

Vai fazer-te a mais bela escultura
Com as virtudes que criastes
Usando as que são puras de nascença
E repudiando as impuras de doença

E quando aprontAr-te , irá lançAr-te e cravAr-te
Nos olhos marejados, ouvidos fatigados
Nas peles desgastadas, nas bocas abafadas e até nos narizes empinados
Mas vai fincAr-te com mais força em cérebros e corações desesperados

Aí saberás e amarás
O sentido de DESVIRTUARTE
E depois de tudo... e de nada...
Só nos resta a Arte

AMARTE

Ai como é bom...
EncontrAr-te
E sentir que estamos unidos
Principalmente pela Arte
Ai... amAr-te
Nas noites de lua cheia
No calor das tardes... que arde, arde, arde...
No frio das ventanias
Nas peles a se tocarem
Na luz às vezes azul, às vezes vermelha
Mas sempre a iluminAr-te
Ah... nas vezes que suspirastes... ARTE
Aaaaaaarrrteeeeeeeeeeeeee...
Se um dia eu estiver longe
Como se estivesse em Marte
Não tenhas medo Meu Bem
Da distância que nos reparte
Se chorastes, entenderei, mas desde que...
Chores arte.
Se rires me lembrarei de tudo que passastes
Passastes comigo... Passastes com a Arte
E quando sonhastes... estarei sempre contigo
Desassossegando-te em toda parte
Pois eu sei e tu sabes...
Que me marcastes
E quando eu... ou tu voltastes
Te amarei como sempre
Como sempre tu me amastes
Que lindo! Que lindo é AMARTE
E sentir nosso amor sempre novo
Nosso amor pela Arte.
III PARTE

Para fechar estas rimas de ARTE
Com chave de ouro, prata, ou latão
Enfim, metais estão à lacarte
Encerro com este terceiro
Derradeiro com esta rima... Prometo, estou a jurAr-te
Pelo a menos até quando me venha a vontade de dizer
Vontade de dizer... Vontade de dizer Arte
Mas por hora, este encerra a trinca
O trio, a terça parte. Três como é bom cantAr-te
Gosto do que é trino.
Mas trilogias são coisas à parte,
Pois estas são cansativas
E tu já me cansastes
Pois não sabes o quanto é árduo...
O ardor de escalAr-te
Com este estandArte um pouco escarlate
Que certamente já enjoastes
Mas te digo que ainda consigo
Chegar ao topo e alcançAr-te
Com estas rimas pobrinhas
Feitas com amor e ARTE.




6 comentários:

  1. qual é Vicente ?! Tá virando o Joaquim do ensino médio poh ?! hahahaha ... tão bons demais cara ... abraço

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  2. Rpz, se isso tivesse cores ficaria mais psicodélico ainda.
    Mas o que são cores, e o que não as são?

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  3. Ah como é bom ver seus desenhos, suas ARTES.

    Metamundo.


    Abraço Vince.

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  4. Resumindo ao fim de pagina
    pq eu sempre fiz isso
    em fim... parabéns! você tem um talento incrivél sem argumentos,... e o tema variado da um toque de sazon gracioso ao artista em cena
    que por sinal vem a ser uma pessoa que gostei muito de conhecer e fico cada vez mais feliz
    abraços

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  5. Seus desenhos são significados do seu imaginário.
    Acho bem legal.
    Faça o meu.

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